A nossa escola também participa no Concurso Literário António Mota.
O 3ºB enviou um bonito texto da aluna Mariana Torgal, que resolvemos partilhar convosco.
O sonho de Joana.
Num belo dia de férias, Joana esperava no jardim, com impaciência, que a sua irmã mais velha, Cristina, acordasse para irem à praia. A Cristina finalmente acordou, apareceu tranquila no jardim e disse:
— Então, já estás pronta, mana?
— Claro que sim, sua mandriona!
As irmãs contavam sempre os seus sonhos uma à outra. Desta vez, foi a Joana que começou a contar o seu sonho:
— Num belo dia de Verão, eu e tu passeávamos à beira-mar quando apareceu uma enorme baleia, com um ar muito simpático, que se dirigiu a nós e disse:
— Venham dar um passeio!
— Mas como é possível uma baleia falar?! – disse a Joana.
— Sim, como é possível?! – repetia a Cristina.
— Deixem-se de conversa e saltem para o meu dorso – respondeu a baleia.
As meninas cavalgaram a baleia e mergulharam as duas divertidas no fundo dos mares e oceanos. E nesse lugar imenso viram coisas jamais imaginadas: fabulosas sereias, ogres marinhos, polvos com engraçadas cabeças humanas, raias coloridas e peixes vestidos como palhaços. Todos estes seres fantásticos falavam e, por isso, elas tiveram a sorte de conhecer duas amigas sereias chamadas Rita e Camila. Estas contaram-lhes a história de um terrível pirata chamado Capitão Gancho que passava a vida a assustá-las e a desafiá-las para violentos combates.
As irmãs tiveram logo vontade de ajudar as suas novas amigas.
Montadas na baleia foram ter com a bruxinha Sabrina que vivia numa sombria gruta no meio da floresta de algas e corais situada próximo da cidade mágica do fundo dos mares e oceanos. E pediram-lhe para ela fazer um feitiço capaz de derrotar o capitão Gancho e expulsá-lo para bem longe dali.
Quando o terrível capitão atacou, as quatro amigas verteram logo a poção mágica criada pela bruxinha. Nesse momento – zás – o horroroso capitão Gancho evaporou-se e foi parar a um oceano sombrio onde não existiam seres mágicos, mas apenas polvos e tubarões feios e maus.
— E depois, e depois? – gritou ansiosamente a Cristina.
— Depois acordei… e o sonho acabou.
Mariana Torgal